quinta-feira, 21 de abril de 2016

Orelha Direita de Malco

A ORELHA DIREITA DE MALCO COM BASE NOS TEXTOS BÍBLICOS DE (Jo 18:10 e Lv 8:24)

1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação
          O texto registrado pelos 4 evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, descreve o momento em que Jesus é entregue as autoridades, os principais sacerdotes, escribas, fariseus e guardas do templo cerca de 600 homens, que foram em numero preparados para conter uma possível resistência por parte de Jesus e os discípulos, na ocasião Jesus não esboçou nenhuma tentativa para escapar. Antes O Filho de Deus andou em direção aos que o perseguia e se identificou abertamente (João 18:1-4).
          O ungido do Senhor aceitou sua prisão sem resistir. Como ovelha, Ele não abriu a boca. Jesus se entregou, (João 19:10-11). Na ocasião João diz que quando o vieram o prender Simão Pedro arranca da espada e corta a orelha direita de Malco, Lucas diz que Jesus a curou e restaurou de novo no lugar.  Diante desta abordagem Bíblica aprofundamos o conhecimento Teológico, para aplicarmos em nossa vida.
          Malco diante da situação da orelha cortada achou que tudo estaria perdido, mas um encontro com Cristo, mudou os seus conceitos, percebeu que estava errado e quando pensava que seu sonhos e tudo estava perdido Jesus pela sua misericórdia o Restaurou.
          Pedro poderia ferir outros, ou seja, poderia ferir no braço ou no corpo, de outros homens que ali estava há razão por ter ferido Malco na orelha direita. Razão que ate mesmo cristos se pôr ajudar aquele que iria entregar primeiro há Anas, que era o sogro do sumo sacerdote Caifás, restaurando sua orelha direita. Para entendermos esta abordagem iremos para o Velho Testamento no livro de Levíticos. Vemos que uma situação encontrou a respeito da orelha direita, que era usado para consagração de sacerdotes.
          Neste relato observamos uma seguinte situação de Moises e os filhos de Arão quando ele convoca os mesmo para um ritual. Ou seja, para uma consagração sacerdotal. O que é ser sacerdote; iremos entender respeito da função de sacerdote. Começando pela historia de Arão.
1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral
          Avaliar o momento em que Jesus, após a oração no Getsêmani, é entregue às autoridades pela traição de Judas Iscariotes, onde acontece o episódio em que um dos que vieram prender Jesus, o servo do sumo sacerdote Caifás, tem sua orelha direita cortada. Seu nome: MALCO.

1.2.2 Objetivo Especifico
          Ampliar o conhecimento de forma a descrever o assunto através de pesquisas bibliográficas, mostrando que as opiniões que constam no trabalho são sustentadas pela bíblia sagrada, da qual tem a finalidade de trazer compreensão pela explicação através de aplicação de ilustrações para reforçar a opinião exposta.

1.3 JUSTIFICATIVA

          Identificar que o comportamento de Pedro era voltado para as coisas deste mundo, e que quando Jesus se aproxima faz nasce uma esperança, em relação a Malco  não privou da dor, mas ofereceu o perdão e a restauração, porque como servo do sacerdote Malco sem compreender o que estava fazendo, colocou em risco o seu sonho sacerdotal, pois seria impossível exercer o sacerdócio sem a orelha direita então Jesus permitiu as dificuldades e provas da vida, para mostrar em meio às dificuldades que Ele é Deus.

1.4 METODOLOGIA

          Utilizou-se neste trabalho o método de pesquisa exploratória buscando levantar informações sobre o tema proposto, delimitando assim o campo de trabalho, mapeando e preparando o tema para a pesquisa explicativa através de analise com o objetivo de identificar as causas e reforçar as opiniões apresentadas.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

          Na introdução Jesus no Getsêmani Pedro reagiu e foi repreendido pelo Senhor. A orelha de malco cortada significava o fim de seu sonhos como sacerdote. Jesus se manifestou em amor agindo com justiça, pela Fé.

2 A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS

2.1 Vestes Sacerdotais

          As vestes dos sacerdotes tinham significação simbólica, como, aliás, tinha a maioria das coisas concernentes ao santuário. Isto se verificava especialmente quanto ao sumo-sacerdote, encarnação do povo, e seu representante.
          A respeito das vestes, está escrito o seguinte: Estes pois são os vestidos que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, uma mitra, e um cinto: farão pois vestidos santos a Arão teu irmão, e a seus filhos, para Me administrarem o ofício sacerdotal. (Êx 28:4).
          Além destes são mencionadas ceroulas de linho, em (Lv 16:4) e a coroa da santidade em (Êx 29:6; 28:36-38).
          O peitoral mencionado em primeiro lugar, era uma peça em quadrado e dobrado suspensa sobre o peito da cadeiazinhas.
          Neste peitoral havia quatro ordens de pedras preciosas de três cada uma, com os nomes dos filhos de Israel gravados sobre elas, um nome em cada pedra. (Êx 28:31).
          Esta peça do vestuário chamava-se peitoral do juízo, e Arão devia traze-la sobre o seu coração, quando entrasse no santuário.
          No peitoral também se dizem está Urim e Tumim, aquelas duas misteriosas pedras que indicavam o agrado e o desagrado do Senhor quando o consultavam em tempos de necessidade. (Lv 8:8; Êx 28:30; 1Sm 28:6).  
          Pelo fato de se dizer que elas estavam no peitoral, alguns tem suposto que se achassem um bolso aí posto para este fim. Parece preferível crer, no entanto, que elas fossem colocadas de maneiras preeminente no peitoral, como as outras pedras, uma do lado direito, outra do lado esquerdo, bem à vista.
          O éfode era uma curta peça de vestuário feita de ouro, e de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada. (Êx 28:6).  
          Não tinha mangas, e pendia para baixo, tanto no peito como nas costas.  
          Nas ombreiras achavam-se duas pedras sardônicas com os nomes dos filhos de Israel gravados, seis nomes em cada pedra.
E porás as duas pedras nas ombreiras do éfode, por pedras de memória paras os filhos de Israel: e a Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor (Êx 28:12).

         Sob o éfode havia longo manto de linho azul, sem mangas, e inconsútil.  
         Ao redor, as bordas, havia romãs de azul, e de púrpura, e de carmesim.  
          E estará sobre a Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, para que não morra.
          Sob o manto do éfode achava-se a túnica ordinária de linho dos sacerdotes, e a ceroulas de linho.
          O cinto do sumo-sacerdote era feito de ouro, azul, púrpura e carmesim, da mesma maneira que o éfode; o do sacerdote, de linho branco bordado de azul, púrpura e vermelho. Era colocado sobre o manto do éfode, um tanto para cima, servindo para prender a roupa (Êx 35:5; 29:5).
          Os sacerdotes usavam a túnica de linho branco, as ceroulas, o cinto e a mitra. O sumo-sacerdote usava além disso o éfode, o manto do éfode, o peitoral e a coroa sobre a mitra, e mais, naturalmente, as pedras preciosas com os nomes de Israel nelas gravadas, e o Urim e Tumim. As vestes de Arão eram para glória e ornamento (Êxo. 28:2).
          As vestes ordinárias do sacerdote que ele usava sob as roupas de sumo-sacerdote, eram simbólicas da pureza interior, e também de utilidade.
          As que eram estritamente do sumo-sacerdote, serviam de glória e beleza, sendo, um sentido especial, simbólicas. As vestimentas usadas por Arão não foram escolhidas por ele. Foram prescritas.
          Eram vestidos santos, feitos por aqueles que eram sábios de coração a quem Eu tenha enchido do espírito da sabedoria, que façam vestidos a Arão para santifica-lo: para que me administrem o ofício sacerdotal (Êxo. 28:3).
          Na cor e no peitoral se harmonizavam com o próprio tabernáculo, sendo adornados de pedras preciosas. E farão éfode de ouro e o cinto de obra esmerada do seu éfode, que estará sobre ele, será da mesma obra.
          Farás também o peitoral do juízo de ouro. Também farás o manto do éfode todo de azul e campainhas de ouro. (Êx 28:6, 8, 15, 31 e 33).
          Se bem que estas vestimentas fossem feitas de diversos materiais, o ouro formava parte preeminente delas. Se as vestes se acrescenta a coroa de ouro sobre a mitra, sobre a qual estava escrito.
          Santidade ao Senhor, as doze pedras preciosas com os nomes de Israel nelas gravadas, e as duas pedras sardônicas, tendo também o nome de Israel, e afinal, Urim e Tumim; o efeito do conjunto deve ter sido glorioso e belo.
          Ao mover-se o sumo-sacerdote, lenta e dignamente, de um lugar para outro, a luz solar se refletia nas dezesseis pedras preciosas, as campainhas produziam um som musical, e o povo era profundamente impressionado com a solenidade e a beleza do culto de Deus. O sumo-sacerdote, em sua posição oficial, não era simplesmente um homem.
          Era uma instituição; era um símbolo, não representava meramente a Israel era sua própria encarnação. Levava o nome Israel nas duas pedras sardônicas nas ombreiras do éfode, por pedras de memória; levava-os nas doze pedras preciosas no peitoral do juízo no seu coração; levava o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente (Êx 28:30).
          Assim levava Israel tanto sobre os ombros, como sobre o coração. Sobre os ombros levava o fardo de Israel; no peitoral significando a sede das afeições e do amor – o propiciatório – levava a Israel.
          No Urim e Tumim – isto é as luzes e as perfeições ele levava o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração; na coroa de ouro sobre a mitra, tendo a inscrição santidade ao Senhor, levava a iniquidade das coisas santas, que os filhos de Israel santificarem em todas as ofertas, e isto para que tenham perfeita aceitação perante o Senhor.

2.2 O que o Sumo Sacerdote Representava

          O sumo-sacerdote devia agir pelos homens nas coisas pertencentes a Deus, para expiar os pecados do povo (Hb. 2:17).Era o mediador que ministrava pelo culpado. O sumo-sacerdote representava todo o povo. Todos os israelitas eram considerados como nele estando. A prerrogativa gozada por ele pertencia a todo o povo (Êx 19:6).
          Que o sumo-sacerdote representava toda a congregação se vê, primeiro pelo fato de levar sobre si o nome das tribos gravadas nas pedras sardônicas que trazia nos ombros, e segundo, pelos mesmos nomes gravados nas doze pedras preciosas do peitoral.
          A divina explicação dessa representação dupla de Israel, na vestimenta do sumo-sacerdote, é que ele levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor (Êx 28:12 e 19).
          Além disso, ele cometendo pecado odioso, envolvia o povo em sua culpa se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo (Lv 4:3).
          A versão dos Setenta reza: se o sacerdote ungido pecar de modo a trazer pecado sobre o povo. O sacerdote ungido, naturalmente, é o sumo sacerdote.
          Quando ele pecava, o povo pecava.
          Sua ação oficial era reputada como sendo deles.
          A nação inteira partilhava do pecado do seu representante.
          O contrário também verificar-se.
          O que ele fazia na sua função oficial, segundo era previsto pelo Senhor, era considerado como sendo feito por toda a congregação todo sumo-sacerdote é constituído a favor dos homens (Hb 5:1).
          O caráter representativo do sumo-sacerdote deve ser salientado.
          Adão era o representante do homem.
          Quando ele pecou, pecou o mundo, e a morte passou a todos os homens. Semelhantemente, Cristo, sendo o segundo homem e o último Adão, era o representante do homem.
          Está também escrito o primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente: o último Adão em espírito vivificante.
          O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. (1 Co 15:45 e 47).
          Assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para  condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação devida (Rm 5:18).
          Sendo o sumo-sacerdote, em sentido especial, uma figura de Cristo, era também o representante do homem. Ele figurava por todo o Israel.
          Levava-lhes as cargas e os pecados. Levava a iniquidade de todas as coisas santas. Quando ele pecava, Israel pecava. Quando fazia expiação por si mesmo, Israel era aceito.

2.3 Consagração Sacerdotal

          A consagração de Arão e seus filhos o sacerdócio foi uma ocasião muito solene. O primeiro ato era um banho então fará chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação, e os lavarás com água (Êx 29:4).
          Os sacerdotes não se lavavam a si mesmos. Estando lavado, Arão era então revestido de seus trajes de beleza e de glória. Depois tomarás os vestidos, e vestiras a Arão da túnica e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral e do peitoral e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
          E a mitra porás sobre a sua cabeça: a coroa da santidade porás sobre a mitra. Notai outra vez que Arão não se vestiu a si mesmo daqueles trajes.   
          Foram-lhe vestidos como eram simbólicos das vestes da justiça, ele não se podia vestir a si mesmo, vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e alegra-te os teus santos (Sl 132:9).
          Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus: porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto justiça, como o noivo que se adorna de atavios, como a noiva que se enfeita com as suas jóias (Is. 61:10).
          Arão está agora pronto. Tem por baixo a túnica branca, o  longo manto azul, com campainhas e romãs, o éfode com as duas belas pedras sardônicas com os nomes dos filhos de Israel nelas gravados, o peitoral com as doze pedras e Urim e Tumim, a mitra e a coroa de ouro com a inscrição santidade ao Senhor.
          Está lavado, limpo, vestido; todavia ainda não está pronto para oficiar vem em seguida a unção. O óleo santo é lhe derramado sobre a cabeça por Moisés. E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça assim o ungirás (Êx 29:7).
          Não somente Arão é ungido, mas também o tabernáculo então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo, e ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para santifica-los (Lv 8:10 e 11).   
          Uma oferta de expiação pelo pecado, um novilho, foi trazido, e Arão e seus filhos sobre ele puseram as mãos, sendo o mesmo depois morto.
          O sangue foi apanhado por Moisés, que o pôs com o seu dedo sobre as pontas do altar em redor, e expiou “o altar; depois derramou o resto do sangue à base do altar, e o santificou, para fazer expiação por ele (Lv 8:15).   
          Observemos que o sangue do novilho não foi levado para dentro do santuário, como no caso em que o sacerdote ungido, o sumo-sacerdote, pecava (Lv 4:6).
          Talvez o motivo seja que esta oferta particular pelo pecado não era por Arão apenas, mas também por seus filhos, e que ela parece aplicar-se em especial ao altar para sua purificação e santificação, para que a reconciliação se pudesse efetuar sobre ele. Alguns opinam, em verdade, que essa oferta não era absolutamente por Arão, mas só pelo altar.
          Feita a oferta da expiação do pecado, era trazida uma oferta queimada. Isto era oferecido pela maneira regular, sendo tudo queimado sobre o altar, de onde subia ao Senhor em cheiro suave. A obra até aqui foi preparatória.
          O serviço de consagração propriamente dito começa ao trazer-se o carneiro da consagração, ou literalmente o carneiro do enchimento, matando-o após haverem imposto as mãos sobre a sua cabeça.
          O sangue é levado por Moisés, que o põe sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito. O mesmo é feito com os filhos, sendo também espargido no altar.
Também fez chegar os filhos de Arão; e Moisés pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar do seu pé direito e Moisés espargiu o resto do sangue sobre o altar em redor.
          Depois disto vem o encher. Pão asmo, um bolo de pão azeitado e um coscorão, junto com a gordura do carneiro e a espádua direita, são colocados nas mãos de Arão e nas de seus filhos, e movidos por oferta de movimento perante o Senhor.
          Havendo ela sido movida por Arão e seus filhos, Moisés tira-a de suas mãos e a queima sobre o altar. O peito é reservado para Moisés como sua parte. Em seguida, Moisés tomou do azeite e do sangue e o espargiu sobre Arão e sobre os seus vestidos, e sobre os seus filhos, e sobre os vestidos de seus filhos com ele; e santificou a Arão e os seus vestidos, e seus filhos, e o vestido de seus filhos com ele.
          Com essa cerimônia termina a consagração de Arão e seus filhos. Estavam agora revestidos de poder para oficiar no santuário, conquanto tivessem de esperar ainda sete dias, durante os quais não se deviam afastar do santuário, mas tinham de ficar à porta da tenda da congregação dia e noite por sete dias, e fareis a guarda do Senhor, para que não morrais: porque assim me foi ordenado.
          Até então, Moisés oficiara em todas as ofertas feitas. Ao fim dos sete dias, Arão começa seu ministério. Oferece uma oferta pelo pecado por si mesmo, um bezerro, e um carneiro por oferta queimada (Lv 9:2). Oferece também uma oferta pelo pecado, uma oferta queimada, uma oferta de manjares, e uma oferta pacífica pelo povo.
          Ao fim das ofertas, Arão levanta as mãos e abençoa o povo. Moisés une-se-lhe nisto, e aparece a glória do Senhor. Moisés concluiu sua obra, e não mais precisa oficiar como sacerdote.
          Todo o serviço de consagração tende a impressionar Arão e seus filhos quanto à santidade de sua vocação. Deve ter sido uma nova experiência para Arão o haver sido lavado por Moisés. Dificilmente poderia ele escapar à lição que Deus lhe visava dar. Ao dirigirem-se os dois irmãos para a pia, pode-se facilmente imaginar que falavam entre si acerca da obra a ser feita.
          Moisés comunica ao irmão que o deve lavar. Arão admira-se de o não poder fazer ele próprio. Discutem a situação. Moisés informa Arão de que Deus lhe dera instruções específicas quanto a que devia ser feito.
          Em virtude das palestras que entretinha com Deus, Moisés tem melhor compreensão de Suas exigências do que Arão. Entende que isto não é um banho ordinário.
          Fosse assim, e Arão poderia provavelmente faze-lo melhor por si mesmo. Trata-se de uma purificação, espiritual. Ele não se pode purificar a si mesmo do pecado. Alguém o deve fazer por ele; daí a lavagem simbólica.
Depois de lavado, Arão não tem permissão de se vestir a si mesmo. Moisés o faz por ele. Arão sente-se por completo impotente.
          Deverá ser feito tudo para mim? Cogita ele. Não me é permitido fazer coisa alguma por mim mesmo? Não, ele não deverá nem mesmo colocar a mitra. Tudo deverá ser feito para ele.
          Que maravilhosa lição ensina esse relatório! Deus faz todas as coisas. Tudo quanto o homem precisa fazer é submeter-se. Deus purifica; Deus veste. Provê o vestido de justiça, as vestes de glória e de beleza.
          Tudo quanto Deus pede é que não rejeitemos o vestuário oferecido, como fez o homem, na parábola. No serviço de consagração, Moisés tocou a orelha de Arão com o sangue, significando assim que ele devia dar ouvidos aos mandamentos de Deus e cerra-los a todo mal.
          Cristo foi obediente até a morte (Fp 2:8). Nossos ouvidos dever ser consagrados ao serviço de Deus.
          Moisés tocou também o polegar da mão direita, significando que Arão devia fazer justiça. Como o ouvir se relaciona com a mente, assim a mão tem que ver com a atividade do corpo.
          Ela representa as energias vitais, o ato exterior, a prática da justiça. O tocar a mão com o sangue significa a consagração da vida e serviço a Deus de Inteira dedicação.
          O tocar o polegar do pé direito com o sangue, tem idêntico sentido. Quer dizer andar no caminho direito, cumprir as ordens de Deus, estar ao lado da verdade e da retidão. Isto significa andar na vereda da obediência, tendo seus passos ordenados pelo Senhor. Toda faculdade do ser cumpre dedicar a Deus e consagrar ao Seu serviço.

3 A ORELHA DIREITA DE MALCO

3.1 Função do Servo do Sumo Sacerdote

          Malco era servo do sumo sacerdote Caifás, veio juntamente com uma comitiva, para prender Cristo, ele como servo do sumo sacerdote ele estava se formando para ser sacerdote.
           Aqueles que almejavam um dia ser sacerdotes, dedicavam sua vida de 5 à 8 anos ao estudo da Toráh, se dedicavam ao trabalho no Templo (12 em 12 horas colocando lenha no altar para o fogo não apagar; etc…),e no fim de seu estágio, quando faltava 1 ano para ser consagrado ao Sacerdócio, se tornava servo do sumo sacerdote.
          Acompanhava o sumo-sacerdote o tempo inteiro, na condição não só de aprendiz (discípulo), mas de servo. Essa era a posição de Malco, que por ordem do Sumo-sacerdote Caifás, sai para prender Jesus.

3.2 Prisão de Jesus
          Os quatro Evangelhos descrevem este momento em que Jesus, após a oração no Getsêmani, é entregue às autoridades pela traição de Judas Iscariotes, onde acontece este episódio em que um dos que vieram prender Jesus, tem sua orelha direita cortada.
          Seu nome: MALCO. Ele os viu chegar. Tochas em movimento, entre as árvores, à medida que a multidão avançava a seu encontro. O coração dele deve ter batido mais forte, e a adrenalina deve ter acelerado enquanto pensava: É agora! O inimigo havia chegado, orquestrado pelo antigo inimigo, lúcifer. O seu tempo havia chegado.
          Ele tomou à frente dos discípulos, todos confusos, ainda em estado de sonolência por dormir pouco e pelo muito estudo. Jesus, naquelas últimas horas, havia insistido com eles, tentando passar o ensino que lhes guiaria por toda a vida. Erguendo-se do chão que usaram de cama, eles depararam com uma multidão unificada formada de vários membros: soldados do templo, judeus livres, e escravos, todos enviados para pegar Jesus em flagrante, aproveitando a escuridão daquelas horas.

3.3 Orelha Direita Cortada

          Quando ficou claro que Judas tinha vindo para trair a Jesus, entregando-o a seus inimigos, os discípulos começaram a se agitar. Eles pegaram as duas espadas para defender o seu Mestre. Duas espadas contra várias outras, mas estavam mostrando uma coragem que não voltariam a mostrar até no Pentecostes, dois meses depois (quando acusariam os seus irmãos de haverem crucificado o Filho de Deus).
          Pedro, como de costume, colocando o coração à frente da razão, partiu para o ataque. Ele manejou sua arma contra as fileiras diante dele, com a intenção de mutilar ou matar. Os homens se espalharam, fugindo de seu ataque impulsivo. Provavelmente os soldados desembainharam as espadas, as quais empunharam em defesa própria.
          Era inevitável que houvesse derramamento de sangue. Um infeliz servo do sumo sacerdote foi um pouco lento para evitar a espada de Pedro. Ele moveu a cabeça para o lado, e o aço escorregou pelo seu rosto, cortando fora com perfeição a sua orelha direita. Sua reação normal seria pôr a mão sobre a ferida em formato de concha, depois examinar a mão.
          O sangue jorrando em excesso certamente o fez cair de joelhos, vasculhando no escuro pelo chão a orelha perdida, enquanto ele soluçava, gritava e choramingava em dor e pânico pela grande catástrofe em sua vida.
          A partir da ação deferida de Pedro pela sua emoção e fúria, Malco tem sua orelha direita cortada. Porque a Bíblia faz questão de mencionar que a orelha era a direita? Convém ressaltar que Malco não era um soldado. Mas, um servo aspirante ao sacerdócio, o Sumo Sacerdote da época de Jesus não era, como no Antigo Testamento, um homem escolhido por Deus.

3.4 Sonho Sacerdotal Destruído

          Nessa época, o Sumo Sacerdote era escolhido ou indicado por Herodes, a fim de que o mesmo atendesse aos interesses de Roma, sempre que se tornasse necessário. No entanto, Mesmo sendo um cargo de confiança precisava ser sabatinado pelo Sinédrio e para isso precisava preencher os requisitos que a Lei de Moisés apresentava.
          Entre esses requisitos estava o da perfeição no corpo, Como descrito no Pentateuco em: (Lv 8: 24) Moisés fez chegar também os filhos de Arão, e pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito; e espargiu o sangue sobre o altar em redor. (Lv 21:17) - Fala a Arão, dizendo: Ninguém da tua descendência, nas suas gerações, em que houver algum defeito, se chegará a oferecer o pão do seu Deus. (Lv 21:21).
          Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do SENHOR; defeito nele há; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
          Nas Leis Cerimoniais estava expresso que todas as vezes que o sacrifício se iniciasse, era necessário que o sacerdote fosse ungido antes de se apresentar perante o altar do Senhor. As partes do corpo do sacerdote que deveriam ser ungidas eram o dedo polegar da mão e do pé direitos e a ponta da orelha direita. (Lv 14:14).
          E o sacerdote tomará do sangue da expiação da culpa, e o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e no dedo polegar do seu pé direito.
          Portanto, encontramos Malco diante de uma situação crítica no momento em que ele sente a ponta da lâmina da espada de Pedro cotando-lhe a orelha.    
          Perder a orelha para um sacerdote era algo inimaginável, ainda mais a orelha direita. Na consagração do sacerdote o sangue era passado na ponta da orelha direita ,e dos polegares direitos dos pés e das mãos, ou seja: sem orelha direita impossível ser sacerdote.
          Logo, Malco vê naquele momento toda uma vida, todos os seus sonhos caídos ao chão; por isso a dor que ele sentiu foi muito superior à dor física.
          JESUS tinha que mostrar para aquele homem que se não fosse ELE para colocar a sua orelha de volta ele não seria consagrado, e mostrou pra o servo do sumo sacerdote que havia um que era mais do que ele a saber o próprio Cristo JESUS consagrou aquele homem a sacerdote quando colou sua orelha de volta, por alguns minutos ele havia perdido o direito de ser consagrado ele teria que reconhecer isto para não fazer como os outros fizeram, eles não reconheceram JESUS como o filho de DEUS e que se ELE não permitir nenhuma autoridade é constituída.

4 SERVO DO SUMO SACERDOTE

4.1 O Sacerdote um Homem Escolhido por Deus
          Na Bíblia ele é identificado por João como aquele servo do Sumo Sacerdote Caifás que tinha liderado a legião de soldados romanos que foi prender Jesus no Getsêmani.
          O Sumo Sacerdote da época de Jesus não era, como no Antigo Testamento, um homem escolhido por Deus. Nessa época, o Sumo Sacerdote era escolhido ou indicado por Herodes, a fim de que o mesmo atendesse aos interesses de Roma, sempre que se tornasse necessário.
          O Sumo Sacerdote, tinha, em geral, quatro grupos de servos, chamados de chefes dos sacerdotes. 
          O Comandante do Templo, responsável pelo culto e pelo policiamento no santuário e que substitui o Sumo Sacerdote em caso de necessidade; os chefes das 24 secções semanais; os sete vigilantes do templo e os três tesoureiros.
          O Comandante do Templo que também tinha uma cadeira no Sinédrio era, na verdade, um vice sumo sacerdote.
          Ele detinha também, a função de executar missões reprováveis. 

4.2 Exigências para ser Sacerdote

          A História mostra que todo governante tinha sempre alguém apto para realizar trabalhos sujos. No caso de Saulo, que foi servo do sumo sacerdote de plantão, nos tempos do cristianismo primitivo, ele mesmo confessa (At 26:10-12).  
          Uma exigência importante para assumir esse tão importante cargo é que a pessoa indicada pelo Sumo Sacerdote precisava ser sabatinado pelo Sinédrio e para isso precisava preencher os requisitos que a Lei de Moisés apresentava. Entre esses requisitos estava o da perfeição no corpo (Lv 21:17; 21.21).                          
          Nas Leis Cerimoniais estava expresso que todas as vezes que o sacrifício se iniciasse, era necessário que o sacerdote fosse ungido antes de se apresentar perante o altar do Senhor.
          As partes do corpo do sacerdote que deveriam ser ungidas eram o dedo polegar da mão e do pé direitos e a ponta da orelha direita (Lv 14:14).   
          Esse servo do Sumo Sacerdote, era, pra todos os efeitos, um sacerdote, uma vez que podia substituir o próprio sumo-pontífice na ausência dele.   
          Portanto, encontramos Malco diante de uma situação crítica no momento em que ele sente a ponta da lâmina da espada de Pedro cortando-lhe a orelha.   
          Perder a orelha, para um sacerdote, era algo inimaginável, ainda mais a orelha direita (Jo 18:10).
          Ainda que estivesse a serviço da maldade do sacerdócio; ainda que sua motivação naquele momento fosse a pior possível; ainda que seu coração tivesse se corrompido levando-o a aceitar essa baixa condição de executar missões reprováveis em nome do Sumo Sacerdote, Malco, todavia acreditava estar a serviço da Obra de Deus.
          Ele havia dedicado toda a sua vida em função deste sonho, o de ser um sacerdote. Na verdade, Malco era um homem que se achava na multidão errada, defendendo a causa errada, envolvendo-se com pessoas erradas.
          Ele merecia perder a cabeça, e não apenas a orelha.
          Antes tivesse deixado a cabeça para ser rachada ao meio do que perder a orelha direita. Sem ela o sonho estava morto e ser sacerdote, certamente era a sua vida, a razão de sua existência.
          Jesus pegou a orelha de Malco, posicionou-a em sua mão e à vista de todos colocou-a no lugar, fazendo aquele implante instantâneo, um verdadeiro milagre, o último milagre de Seu ministério terreno.
          Jesus não restituiu apenas a orelha direita de um homem, Jesus restituiu os sonhos. Jesus devolveu a Malco o direito de permanecer no seu posto e tentar chegar aonde ele pretendia e realizar o serviço que ele considerava como uma missão perante o Deus de Israel.

5 MALCO E A GRAÇA DE CRISTO

5.1 Sonho Sacerdotal Restaurado

          Malco era um homem que tinha um sonho: ser um sacerdote. Segundo historiadores, ele passou a vida estudando, obedecendo às regras, as leis e estava a um passo de tornar-se um sacerdote quando, a mando do seu superior, foi ao encontro de Jesus para prendê-lo.
De acordo com a lei da época, quem queria ser um sacerdote não poderia ser gago, surdo ou ter qualquer defeito no corpo. Poderia até ter um problema na orelha esquerda, mas a direita tinha que estar em perfeito estado.

Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. (João 18.10).

          Imagine você que naquele instante quando Pedro arranca a orelha direita de Malco, Pedro sem saber destrói o sonho de um homem. Malco havia estudado e se aplicado a vida inteira para exercer o seu chamado e em questão de segundos vê seu sonho acabado.
          E quantas vezes nós, de uma hora para outra, temos nossos sonhos encerrados por alguém ou algum acontecimento? E pior, quem o faz é alguém que anda com o Mestre ou alguém tão próximo de nós. Mas o que quero enfatizar é que não podemos impedir que cortem ou tentem impedir os nossos sonhos, mas podemos estar perto de um Senhor que pode reconstruir nossos sonhos. Um Senhor que é cheio de graça!
          Malco estava diante daquele que sabia dos seus sonhos e que além de saber, tinha o poder de restaurá-los. Olhando para a vida deste servo vejo que ele foi um homem alcançado pela graça de Cristo. Foi o penúltimo a ser abençoado por Jesus antes da crucificação, era da parte dos inimigos de Jesus, e mesmo sem merecer qualquer atenção e muito menos um milagre, ele o recebeu!
          E quantos Malcos existem por ai que mesmo não sendo um discípulo de Cristo, mesmo sendo um inimigo Jesus, ainda assim é alcançado pela graça de Jesus? Malco deve ter se perguntado: Eu venho prender este homem e ele reconstrói a minha orelha? Malco neste instante acabava de provar da graça de Deus sobre a sua vida.

CONCLUSÃO

          Podemos concluir, que o termo Orelha Direita de Malco decepada, significa, sonhos sendo arruinados, pela perca da esperança, mesmo que digam que você não vai conseguir, ou desencorajem seu animo, e seus sonhos lembre-se. Nada esta perdido, sua carreira profissional, seu ministério, sua família, mesmo estando em lados que não devíamos estar, mas Cristo adverte, para que não andemos segundo o conselho dos ímpio ou pessoas incrédulas.
          Malco estava diante daquele que sabia dos seus sonhos e que além de saber, tinha o poder de restaurá-los. Olhando para a vida deste servo vejo que ele foi um homem alcançado pela graça de Cristo. Foi o penúltimo a ser abençoado por Jesus antes da crucificação, era da parte dos inimigos de Jesus, e mesmo sem merecer qualquer atenção e muito menos um milagre, ele o recebeu!
          Com todas essas informações chega-se a conclusão que Malco não poderia esperar que um dia, fosse sair da casa de Anás e chegar até sua humilde pessoa, ele era um servo, ou seja, ele era um escravo do sumo sacerdote os procuradores romanos escolhiam para essa função pessoas influentes que os ajudasse principalmente a manter seus empregos.
          A redenção está em CRISTO JESUS, não no que você e eu conseguimos realizar. Isto é muito importante se quisermos compreender a relação que temos com Deus. Nosso relacionamento é baseado na graça de Deus e nas realizações de Jesus Cristo, não em nosso valor, obras ou realizações. Somos justos diante de Deus 24 horas por dia. A razão é que este direito foi-nos dado pela graça.
REFERÊNCIAS

Site: https://pt.scribd.com/doc/291877902/Antonio-Renato-Gusso-Sermoes-Expositivos-Em-Todos-Os-Livros-Da-Biblia


Site: http://www.sandovaljuliano.com.br/site/curiosidades/47-biografia-dos-personagens-biblicos/750-malco-o-servo-da-orelha-cortada

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